Reza a lenda que Zé da Garaiada viveu em Tairu na época em que a ficha telefônica era “chip” e o orelhão era a rede social.
Por “O Eterno Veranista “

Foto: Ilustração criada com IA
Quem não conheceu essa figura ímpar?
Um personagem engraçado e enigmático, que vivia o tempo todo, fosse sol ou chuva, frio ou calor, sem camisa e com uns shorts curtos e apertados, deixando bem delineado o “mói dos ovos”.
O Omi tinha o juízo meio fraco, não enxergava quase nada, mas jogava dominó como poucos.
Certa vez, durante um carnaval, ele fez amizade com umas veranistas bonitas, educadas e engraçadas. Essas moças, em tom de brincadeira, deram o número de telefone para ele.
Logo após a partida delas para Salvador, Zé da Garaiada resolveu usar a única ficha telefônica que tinha para fazer contato.
Imaginem só: Zé da Garaiada, com a visão ruim, o telefone público no escuro, o barulho alto ao redor, e uma ficha que só durava três minutos. Ele gritava:
— Alô! É o Zé!
— Alô! É o Zé!
— Alô! É o Zé!
Até que outro Zé, comerciante e morador local, gritou:
— Diga que é Zé da Garaiada, Mizera!
Essa intervenção arrancou gargalhadas de todos que estavam por perto.
Outra vez, levaram Zé da Garaiada para tentar obter o benefício da aposentadoria. Ao chegar no posto do INSS, ele foi chamado pelo nome de batismo, mas insistia em dizer que seu nome era Luiz Ailo, um nome inventado pelo pouco juízo que tinha.
O funcionário chamava pelo nome oficial, e Zé, teimoso, repetia incansavelmente:
— Meu nome é Luiz Ailo!
Essa atitude fez com que ele não conseguisse receber o benefício da aposentadoria.
-Em memória-
Créditos: https://descobrindoitaparica.com.br/
Figuraça esse Zé,Zé dagaraiada e falando sobre a destreza do moço no dominó,era quase um super poder ,ele ganhava prós caras se nem enxergar as pedras do dominó e tinha o couro a prova de frio
Ainda nos dias de hoje, se procurarmos bem em algumas comunidades, com certeza encontraremos alguma figura semelhante ao Zé da Gairada. Kkkkkkkkk!!!!
A ilha tem essas históricas pitoresca, conheço algumas narrativas orais sul real aqui em Amoreiras, local do meu nascimento. Ao ler esse conto me reportei à década de 60 quando escutava esses relatos cujos personagens convivi, é coisa viu? Dramáticas e melodramática. Kkkk