Grupo leva ao FEMADUM repertório que conecta terreiros, África e Bahia
Por: Redação

Foto Divulgação / Pedro Soares
A participação da Orquestra Afrosinfônica surge como um dos pontos altos da segunda fase do FEMADUM 2025, que acontece de 5 a 7 de dezembro, no Pelourinho, em Salvador. A apresentação acontece na sexta-feira, 5, logo após o cortejo do Batuque Obirim – Mulheres de Tambor. Antes disso, grupos femininos de percussão animam o público. O Olodum realiza o festival e homenageia Chiquinha Gonzaga e Tia Ciata. Assim, celebra a mulher negra na música brasileira.
Sob a direção do maestro Ubiratan Marques, a Orquestra Afrosinfônica apresenta a sinfonia “Ó Abre Alas Que Eu Quero Sambar”.
Criada especialmente para o FEMADUM. A obra presta tributo às matriarcas que moldaram a música brasileira. O concerto conta com a participação da cantora Ayana Amorim e inclui também uma homenagem à Dama do Samba na Bahia, Gal do Beco. Além disso, o repertório dialoga com a diáspora africana, com tradições de terreiro e com pesquisas em idiomas como iorubá, mucubal, quimbundo e quicongo. Dessa forma, o grupo conecta vozes e instrumentos em uma linguagem própria que o maestro define como “afrosinfônica”.
Criada em novembro de 2009, a Orquestra reúne 23 músicos. O conjunto se organiza por piano, sopros, percussão, contrabaixos e um coro de vozes femininas inspirado nos terreiros de candomblé e no cancioneiro popular. O grupo investiga repertórios de matriz africana e expressões orais brasileiras. Por isso, produz obras que evidenciam a força cultural da diáspora no país. Entre seus trabalhos estão o álbum “Branco” (2015) e “ORIN – A Língua dos Anjos” (2021), indicado ao Latin Grammy.
A participação no FEMADUM reforça a centralidade da Orquestra Afrosinfônica na celebração da música afro-baiana contemporânea. Além disso, amplia a potência do festival e dialoga diretamente com o tema desta edição. O concerto do dia 5 abre a fase artística e prepara o público para a programação intensa que segue até o dia 7. A agenda inclui a final do Festival de Músicas, shows, cortejos e encontros percussivos.
Criado pelo Bloco Afro Olodum, o FEMADUM segue se consolidando como o maior festival de música afro-latino-americano organizado por uma entidade civil. O evento reúne arte, formação e criação musical no coração do Centro Histórico.
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