Coleção “Flor da Ilha” celebra autonomia, arte e identidade das artesãs de Vera Cruz
Por Gilsimara Cardoso
Foto: Afonso Santana
Após nove meses de formação contínua e 144 horas dedicadas ao aprendizado, o Projeto Empreender Feminino chega ao fim neste sábado (15), às 15h30, com um desfile que apresentará a coleção “Flor da Ilha”.
A iniciativa, promovida pela pasta ASG do Village Itaparica, reuniu mulheres artesãs de Barra do Gil, Conceição, Coroa, Mar Grande e Matarandiba, todas moradoras do município de Vera Cruz. O evento acontece no Village Itaparica e receberá convidados, multiproprietários e participantes do day use.
A coleção, desenvolvida ao longo do projeto, traz referências do estilo boho e traduz, em cores e texturas, a força e a sensibilidade das mulheres da Ilha. Além disso, o desfile contará com nomes reconhecidos na moda baiana, como a design thinker Phaedra Brasil, o estilista Jeferson Ribeiro e a instrutora Juliana Sessa, responsável por conduzir o processo criativo junto às artesãs.
A autonomia feminina como eixo central
Foto: Afonso Santana
O Empreender Feminino nasceu com o objetivo de fortalecer a autonomia econômica das participantes e estimular o protagonismo das artesãs nos seus territórios. Ao comentar os resultados, Adriana Muniz, gerente de ASG do Village Itaparica, reforça que o projeto promoveu formações em gestão, finanças, design de moda e empreendedorismo sustentável, sempre com foco no desenvolvimento de competências e na ampliação de oportunidades.
Segundo Adriana, a iniciativa também simboliza o compromisso do empreendimento com o desenvolvimento humano. “O Empreender Feminino surgiu da escuta e da vontade de construir pontes entre o Village e as comunidades vizinhas. Quando vemos o brilho nos olhos dessas mulheres ao apresentarem suas peças, percebemos que o projeto gerou pertencimento, autonomia e novos horizontes. Esse legado ultrapassa o desfile e movimenta toda a Ilha.” Ressalta.
A artesã Aurea Pimentel confirma o impacto transformador da experiência. “O diferencial desse projeto é justamente a forma humanizada como ele está sendo conduzido por vocês. É aprendizado, é terapêutico, é o religar com a arte, é o reunir talentos, é sentir-se parte! Só agradecer ao Village e a todos que fazem parte da organização.” Relata.