Tempestade histórica causa destruição generalizada, provoca apagões e força evacuações em massa no Caribe.

Por: Associated Press / AP

Foto: AP/ Matias Delacroix

Na última segunda-feira (27), o furacão Melissa atingiu a Jamaica com ventos históricos de 298 km/h, deixando um rastro de destruição e medo. Classificado como categoria 5, o nível mais alto da escala de furacões, Melissa se tornou uma das tempestades mais poderosas já registradas no Caribe.

A tempestade cruzou a ilha diagonalmente, arrancando telhados, derrubando árvores e deixando milhares de pessoas sem energia elétrica. Agora, o sistema segue em direção ao leste de Cuba, onde centenas de milhares de moradores estão em processo de evacuação preventiva.

“Não há infraestrutura na região que resista a uma tempestade de categoria 5. O desafio agora é a velocidade da recuperação”, afirmou o primeiro-ministro Andrew Holness.

Foto: AP/ Matias Delacroix

Inundações e deslizamentos colocam vidas em risco

Antes mesmo do olho do furacão tocar o solo jamaicano, autoridades já haviam relatado deslizamentos de terra, quedas de árvores e apagões generalizados. O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) alertou para inundações repentinas catastróficas e graves deslizamentos de encosta, especialmente nas regiões montanhosas e costeiras.

Além disso, uma maré de tempestade de até 4 metros ameaça submergir comunidades inteiras no sul da Jamaica, enquanto o centro do furacão concentra danos massivos causados pelos ventos.

Foto: AP/ Matias Delacroix

Cuba e Bahamas em alerta máximo

Após cruzar a Jamaica, Melissa deve atingir o leste de Cuba na noite desta terça-feira (28) ou no início de quarta-feira (29). O governo cubano já iniciou a remoção de famílias em áreas de risco, enquanto abrigos e centros de emergência estão sendo montados em toda a região.

Os meteorologistas preveem chuvas de até 51 centímetros e ondas destrutivas ao longo da costa. Em seguida, o furacão deve avançar em direção ao sudeste das Bahamas, onde o alerta foi elevado para nível máximo.

Mudanças climáticas alimentam a fúria de Melissa

Segundo cientistas do clima, o aquecimento dos oceanos impulsionou a rápida intensificação da tempestade. Em menos de 24 horas, os ventos de Melissa dobraram de velocidade, fenômeno que os especialistas chamam de intensificação explosiva.

“O oceano está mais quente do que nunca, e isso cria o combustível perfeito para furacões violentos”, explicou a climatologista Dra. Carla Méndez, do Instituto de Estudos Climáticos do Caribe.

Esta já é a quarta tempestade no Atlântico em 2025 a apresentar o mesmo comportamento — um sinal preocupante do impacto direto das mudanças climáticas sobre os eventos meteorológicos extremos.

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