A viagem pela contracosta da Ilha de Itaparica surpreende até mesmo velejadores experientes
Por Gilsimara Cardoso
15ª Regata do Hasteamento da Bandeira 2025 – Foto: Oni Sampaio
Casa do Papito é o destino certo para uma das maiores regatas festivas da Bahia que começou há 15 anos como um ponto de apoio de outra regata, a de Morro de São Paulo. Roney Andrade, conhecido na vela como Papito, explicou com gratidão, “a regata começou para a gente unir os velejadores para dá manutenção nos barcos da regata que saia de Salvador a Morro de São Paulo, mas ela acabou, aí a gente deu continuidade com a Regata do Hasteamento.
15ª Regata do Hasteamento da Bandeira – Foto: Oni Sampaio
Na manhã do último sábado, 22 de fevereiro, ás 9h40, na Ribeira em Salvador, Roney Andrade deu a largada da regata em direção a Aratuba, em Vera Cruz.
A regata evoluiu de um simples ajuntamento para uma competição com mais de cinquenta troféus. Uma flotilha de 41 barcos, 200 participantes de 13 estados brasileiros
Papito é o apelido de Roney idealizador da Regata, morador de Aratuba, amante da vela, ele explicou os motivos dele realizar por 15 anos esse evento gigante da vela na Bahia. “Desde criança tenho uma relação muito próxima com o mar, temos em nosso entorno paisagens fantásticas que turistas de todo mundo gostaria de ver e vivenciar, além de estimular as crianças para a magia da vela. ”
Augusto Lobato Veloso e Roney Andrade 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira 2025 – Foto: Gilsimara Cardoso
Os dotes de Papito vai além da vela, ele juntamente com o diretor e ator de teatro Augusto Lobato Veloso, vestidos de piratas, atuaram em busca pelo tesouro perdido. Fizeram uma apresentação de forma bem descontraída sobre o percurso da regata. Com dicas sobre o vento e o mar.
Cauã e Igor na 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira 2025 – Foto: Gilsimara Cardoso
E como estimular uma criança a velejar?
O pequeno Cauã Magalhães começou a velejar cedo aos 9 anos de idade, hoje aos 12 anos ainda é o velejador mais jovem do Brasil. Ele foi o campeão na Categoria Hobie Cat 16 Importado e ficou em segundo lugar no geral, “cara, aqui tem vários buracos de vento. Buraco de vento é mais ou menos onde não tem vento, aí é muito irritante né? Que você tá naquela competição, um aqui na frente, outro atrás, aí dá um buraco de vento aí você para o barco. Mas hoje o vento estava muito forte, principalmente aqui na barra falsa.“
Da esquerda para direita, Mário e Gueza, Campões da 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira – Foto: Oni Sampaio
Na regata difícil mesmo foi acreditar que o velejador mais jovem estava logo atrás de dois grandes velejadores, Mário e Gueza completaram o trajeto de 70 km em 3h27min, eles estavam no Nacra 20, a melhor embarcação da regata. “Nosso barco é bom e a gente é bem experiente, eu e o Gueza a gente se conheceu no Rio de Janeiro, somos médicos e fizemos residência juntos, a gente veleja juntos há 20 anos, o timoneiro (Gueza) escolhe qual o melhor caminho, ele observa os outros barcos e o vento, eu sou proeiro sou responsável por ajustar as velas e manter o barco equilibrado, a gente já se coordena quase que telepaticamente.”, explica com alegria Mário Amice.
Félix piloto do bote de resgate na 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira 2025 – Foto: Gilsimara Cardoso
Na verdade o barco mais veloz da regata foi o bote de socorro da Marinha de Salvador pilotado por Félix, ele deu um show. Acompanhou de perto cada velejador e garantiu que o Jornal Atualize registrasse os melhores momentos da Regata.
Leisa Três e o marido dela na chegada da 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira – Foto: Gilsimara Cardoso
As mulheres demonstraram habilidades na navegação a vela, Leisa Três de Santa Catarina estava navegando no Hobie cat 16 com o marido dela, ela enfrentou ventos fortes e ainda conseguiu ajudar o parceiro durante o trajeto, ” salvei ele, porque ele foi tentar engatar o trapézio e caiu, daí ele caiu no mar e eu consegui segurar o barco e ele subiu de volta,” explicou Leisa.
Mônica Veloso, nadadora paralímpica, na 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira – Foto: Gilsimara Cardoso
E por falar em mulher a Regata do Hasteamento da Bandeira tem uma ligação umbilical com a atleta paralímpica medalhista Mônica Veloso, nadadora que fez a travessia de Mar Grande a Salvador em 3h20, ela é irmã de Papito e fez parte da organização do evento. Graças a Mônica o amor pelo mar cresceu no coração dele.
Falko Felix na 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira – Foto: Gilsimara Cardoso
O alemão Falko Felix , mora aqui na Bahia, ele teve um problema na popa e teve que parar em Mangabeira para retirar a água, ele estava velejando no Barco TH 14 e ganhou como o primeiro a atravessar a Ponte do Funil e também o primeiro na classe TH 14. Inclusive Falko coleciona medalha em outro esporte, é mundialmente conhecido como campeão mundial de parapente.
Jürgen Didjurgeit na 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira Foto: Gilsimara Cardoso
O velejador Jürgen Didjurgeit ganhou em primeiro lugar na classe HC -14 encontramos ele no momento em que passava na Ponte do Funil, experiente fez um percurso espetacular, igualmente a paisagem, Jurgen veio de Santa Catarina , fez um percurso de 2500 km de carro para participar da regata. “É uma das melhores regatas de percurso que temos, e este é o meu quarto ano participando. Uma regata intensa, com ventos fortes, correntes desafiadoras, recifes e bancos de areia… Você nunca sabe o que esperar, é um verdadeiro rally na vela. Chegar até o final já é uma vitória. Para mim, este ano foi especialmente difícil: na caixa Prego, as junções do leme soltaram o parafuso e fiquei sem leme. Mas consegui consertar com um pedaço de cabo e segui em frente. Foi uma superação! É uma maratona que exige muito esforço, mas vale cada momento, ” explica Jurgen com muita satisfação.
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Produção Jornal Atualize
Confira aqui quem foram os apoiadores da 15ª Regata do Hasteamento da Bandeira:.
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