A orla de uma das mais belas praias de Vera Cruz está lotada desde o dia 30 de dezembro

Por Gilsimara Cardoso

Orla de Tairu, 01 de janeiro 2025 – Foto: Onivaldo Sampaio

O fluxo de turista aumentou dois dias antes do Reveillon e continua até este último sábado,11, porque passear na ilha tem um custo considerado baixo quando comparado a outros destinos turísticos do Nordeste.

Com praias lotadas, pousadas sem vagas, casas de veraneios cheias, filas gigantes nos supermercados, como em dias de liquidações. A sensação para quem está passando o verão por aqui pela primeira vez é que a comida vai acabar. Graças a Deus é apenas uma sensação, porque o abastecimento de alimentos seguiu a demanda.

A turista de Feira de Santana, Maria Fernanda veio pela terceira vez passar a virada de ano em Tairu, “ eu gosto muito de vim passar na praia, a única coisa ruim é que o pessoal deixa muito lixo aqui”. De fato, a questão do lixo nas praias é um problema a ser resolvido principalmente na mudança de hábito de quem chega na ilha.

Maria Fernanda (com óculos na cabeça) com a família na praia de Tairu – Foto: Gilsimara Cardoso

Separar o lixo orgânico foi a solução encontrada por Lindivalda  Alves, ela chegou na ilha em 2005, logo se adaptou a preservar o meio ambiente, “desde que cheguei aqui eu separo o lixo, o orgânico a gente usa como adubo volta para terra, também evita que cachorros rasquem o saco de lixo antes do caminhão passar. “

Lindivalda Alves despejando o lixo orgânico na composteira- Foto: Gilsimara Cardoso

A correria por uma mesa na orla também trouxe investidores no setor, a marisqueira Maria Lúcia acompanhou a filha na locação das mesas, o negócio funcionou muito bem, principalmente  para  o turista que leva o próprio cooler. ” Eu vim olhar as mesas, a minha filha aluga o dia por R$60,  uma mesa com 4 cadeiras.”

O setor da moda também teve um fomento nas vendas, o vendedor ambulante de óculos de sol, não quis se identificar, veio de Salvador para Ilha, ficou satisfeito “ a única dificuldade foi a travessia, muitos carros e muita gente, mas valeu a pena”. Apesar de ter enfrentado uma fila de 5h para embarcar no Ferry Boat em Salvador.

Vendedor ambulante de Salvador na praia de Tairu, em Vera Cruz – Foto: Gilsimara Cardoso

As vendas aceleraram em Vera Cruz, os vendedores ambulantes de Tairu também tiveram bons resultados.  A nativa Daniele Brito, vendedora de picolé, comemorou com entusiasmo as vendas do dia primeiro de janeiro” é o meu primeiro ano vendendo aqui na praia, o movimento está ótimo tem muita gente na ilha. “

Daniele Brito vendendo picolé na praia de Tairu – Foto: Gilsimara Cardoso

O setor de bares teve um movimento fora do comum, o maior desafio enfrentado pelos comerciantes foi encontrar mão de obra qualificada, o uruguaio Ádria é proprietário de um bar na praia de Tairu, viveu dias de movimento intensivo com poucos funcionários, “ não encontra gente para trabalhar, estou à procura.

Orla de Tairu dia primeiro de janeiro 2025 – Foto: Onivaldo Sampaio

 O turista de Feira de Santana Gilzon Gonçalves vem todos os anos curtir o verão na Ilha, gosta das praias e da tranquilidade de Vera Cruz, dessa vez enfrentou dificuldade para ser atendido, “o poder público precisa administrar o turismo de forma profissional, estamos numa barraca em que o dono teve problema em contratar profissionais para trabalhar, a gente está levantando e indo até lá para ser atendido. ”

Passar a virada de ano em Tairu foi privilégio para alguns sortudos e prudentes que fizeram a reserva antes, no setor de hotelaria nas primeiras semanas de dezembro muitas pousadas já estavam cheias, na Villa Amari as reservas esgotaram no dia 15 de dezembro, Gabrielle Amari explicou “ tivemos que anunciar na nossa rede social que já não teria mais vagas para o Reveillon, muita gente procurou, infelizmente não tínhamos mais quartos. ”

Um movimento compreensível visto que, a orla de Tairu tem praias belíssimas, ondas moderadas, sem contar a riqueza cultural presente no dia a dia dos nativos.

Pescaria em Tairu, dia 02 de janeiro- Foto: Gilsimara Cardoso

O crescimento no turismo também afetou a venda de peixes típicos de Tairu. O kg da pititinga chegou a custar R$21,  já tratada.

A pesca nesse início de ano se manteve diariamente com turistas e pescadores puxando a rede. A mãe natureza presenteou os nativos com abundância de pititinga, quantidade esta que cansou até as marisqueiras mas experientes, dezenas de baldes cheios de manjubas e pititingas saíram diariamente das puxadas de rede neste abençoado janeiro de 2025.

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