O nadador Phelipe Rodrigues ganha a nona medalha e se torna o maior atleta paralímpico do Brasil
Por Gilsimara Cardoso
Phelipe Rodrigues em Paris 2024- Foto: Wander Roberto/CPB
Nesta quinta-feira (29), phelipe Rodrigues conquistou a medalha de prata no 50m livres da natação, em Paris. Com o melhor tempo do ano 23s40, ele se tornou o maior atleta paralímpico do Brasil.
Phelipe é pernambucano, nasceu com o pé torto, fez duas cirurgias ainda bebê, o pé ficou na posição correta. No entanto, Phelipe pegou uma infecção que afetou o joelho e o tendão. Foi submetido a fisioterapia e aos 8 meses de vida começou a nadar.
A criança cresceu, em 2024 nos jogos paralímpicos de Paris, se tornou o maior atleta brasileiro. Uma história de inspiração e resiliência.
A capacidade de resiliência provocada pela deficiência, que seria um obstáculo para muitos, fez de Phelipe o melhor do nosso país, ao ser entrevistado pela Globo, com lágrimas nos olhos diz “ eu nem sei nem o que falar, vocês vão chorar junto comigo ”.
Ele explica que foram várias noites acordado, sem consegui dormir e que treinou muito, “ eu mesmo me cobrando muito, muita pressão, vai ser a minha última edição em jogos. ”
Phelipe não participárá mais de outra paralímpiada, Paris 2024 é a última de sua carreira, competiu em 5 jogos paralímpicos: Pequim, Londres, Rio de Janeiro, Tóquio e Paris, todas com medalhas.
Foto: Campanha da ACNUR Brasil em apoio aos refugiados
O esporte em qualquer lugar do mundo, é a ponte do desenvolvimento humano. É a segunda saída para as desigualdades sociais, só perde para educação. É também o que une os povos de diferentes etnias, a esperança dos refugiados. O esporte é a ponte, quando o ser humano é acometido por um problema físico. Phelipe é um exemplo disso.